No resultado, a parte sérvia classificou este documento como escandaloso. E 4 meses depois, em Bucareste, a Assembleia Parlamentar da OTAN se mostrou completamente satisfeita com a situação de segurança. O chefe da delegação do parlamento sérvio Dragan Sormaz confirmou a falta de repreensões.
"Enquanto a Sérvia foi tratada como uma espécie de protetorado, que não tem espaço de manobra, o país foi pouco considerado e não despertava interesse. Agora, quando se descobriu que Belgrado tem alternativas geopolíticas, foi iniciada uma espécie de servilismo suave na tentativa de afastar a Sérvia da Rússia e de outras forças que estão fora da dominação euroatlântica. A única opção para nós é continuar balançando e desenvolvendo as melhores relações possíveis com a Rússia e com outras forças não ocidentais, bem como com os centros de poder ocidentais", comentou Andjelkovic à Sputnik Sérvia.
"Estamos mantendo a neutralidade militar, e eles agora podem estar adulando para que aceitemos uma cooperação mais estreita com a Aliança. Eles vão fazer tudo para que sigamos a sua política, mas Belgrado tem que se manter atenta e dosear suas relações com a OTAN", precisou Miroslav Lazanski à Sputnik Sérvia.
Todos os elogios da OTAN não alteram a posição da Sérvia, que mantém a neutralidade militar em relação à OTAN, afirmou ele, acrescentando que não considera valer a pena sobrestimar a Assembleia Parlamentar da OTAN.
"Não são eles que tomam decisões. Sabe-se quem tem a última palavra. A Assembleia Parlamentar sobretudo é necessária para gastar ajudas de custo, viajar pela Europa e pernoitar nos bons hotéis", frisou ele.