A órbita terrestre baixa, que se estende de 160 a 1,9 mil km acima da Terra, ganhou importância em 60 anos da atividade humana no espaço. Todos os satélites de telecomunicação e satélites de reconhecimento se deslocam nesta área, enquanto a Coreia do Norte pode destruir tudo isso sem aviso, escreve o The Drive.
Não se trata da intenção de desenvolver um satélite carregado por um míssil balístico, mas sim de detonar uma série de mísseis balísticos cheios de rolamentos ou outros estilhaços em altitudes orbitais, opina a edição.
De acordo com a publicação, um tal míssil pode provocar consequências terríveis. A Síndrome de Kessler, que afirma que um único evento com resíduos orbitais pode causar um efeito dominó, foi mostrado em 2013 no filme Gravidade (Gravity). Devido à enorme quantidade de resíduos que existem em órbita, 95% dos quais não são utilizados, existe a possibilidade de que uma nuvem de resíduos possa causar um redemoinho de resíduos com suas próprias trajetórias. De acordo com a publicação, a Coreia do Norte pode desta forma tentar destruir os satélites do inimigo.
Perceber que uma pessoa pode potencialmente destruir ou danificar severamente os recursos estratégicos utilizados por toda a humanidade deve nos fazer lembrar que temos que investir mais para resolver o problema do lixo espacial, indica o artigo.
Finalizando, a publicação afirma que o melhor antídoto para tal ameaça seria desenvolver um sistema capaz de abater qualquer míssil balístico antes de este alcançar a órbita, bem como acabar com a proliferação de mísseis do médio alcance.