"Nós herdamos o maior arsenal do mundo de tais armas de destruição em massa, e nós levamos a cabo um plano para a sua eliminação de boa fé", disse Vladimir Yermakov, vice-chefe do Departamento de Ministério de Relações Exteriores para o Controle de Armas e a Não-Proliferação.
Falando antes de uma sessão da Primeira Comissão da Assembleia Geral da ONU, o diplomata reafirmou o compromisso da Rússia em cumprir as obrigações que lhe incumbem por meio de acordos internacionais.
"Nós pedimos a todas as nações que ainda possuem armas químicas para seguir imediatamente o exemplo da Rússia", disse Yermakov.
"Isso diz principalmente respeito ao Estado que iniciou a convenção e sempre foi o promotor de suas ideias e agora, por algum motivo, continua sendo o dono das maiores reservas de armas químicas", acrescentou, aparentemente se referindo aos EUA.
Ele também expressou desconfiança pelo fato de que os EUA, enquanto possuíam o maior arsenal de armas químicas do mundo, tentarem "dar uma sombra às grandes realizações de outros países, como a Síria".
Yermakov também agradeceu várias nações que contribuíram financeiramente para o programa russo de destruição de armas químicas, como EUA, Reino Unido, Itália, Polônia, Alemanha e França.
A Rússia destruiu o último de seus estoques de armas químicas no final de setembro. O presidente Vladimir Putin monitorou pessoalmente este processo via link de TV e chamou-o de um evento histórico.
Em 9 de outubro, Putin ordenou a dissolução da Comissão Estadual de Destruição de Armas Químicas, já que este órgão já não tinha razão de existir no país.
No final de setembro, os EUA anunciaram planos para destruir seus próprios estoques de armas químicas no final de 2023.