De olho no norte, Coreia do Sul compra quatro drones milionários dos EUA

© AP Photo / Northrop Grumman via U.S. Navy, Erik HildebrandtDrone norte-americano RQ-4 Global Hawk. Esta é uma das aeronaves estacionadas na base aérea de Al-Dhafra
Drone norte-americano RQ-4 Global Hawk. Esta é uma das aeronaves estacionadas na base aérea de Al-Dhafra - Sputnik Brasil
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A Força Aérea da Coreia do Sul (ROKAF na sigla em inglês) anunciou a compra de quatro veículos aéreos não tripulados Northrop Grumman RQ-4 Global Hawk, aviões avançados construídos para missões de vigilância.

Os drones, que custam US $ 223 milhões cada, estão sendo comprados como parte do novo programa de inteligência, vigilância e reconhecimento aéreo (ISR) da ROKAF. A aquisição dos dois primeiros drones está prevista para dezembro, com mais dois para chegar em 2019. Os equipamentos ficarão no conjunto militar Gyeryongdae na província de Chungcheong, no centro militar do país.

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Espera-se que os Global Hawks sejam utilizados para monitorar as atividades nucleares e mísseis norte-coreanas e atuarem como parte do programa de alerta precoce "Peace Eye" da Coreia do Sul no caso de um lançamento de mísseis da Coreia do Norte. 

A nova estratégia dos militares sul-coreanos para melhorar sua posição contra a nação do Norte, tecnicamente em guerra desde a década de 1950, envolve um foco renovado na guerra de drones. Seul pretende criar uma nova unidade de combate em 2018 focada no reconhecimento de voo e nas missões de combate de drones sobre a Coreia do Norte.

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Os drones serão complementados com outras medidas, como um conjunto de mísseis para destruir artilharia norte-coreana, mísseis balísticos e instalações subterrâneas, bem como forças especiais manobráveis ​​para ataques táticos na Coreia do Norte. Seul também está considerando um novo sistema de interceptação de mísseis para proteger alvos de alto valor da artilharia norte-coreana.

Lançado em 1998, o Global Hawk é equipado com várias ferramentas de vigilância. Isso inclui eletro-óptica, uma câmera termográfica, um processador de imagem, três sistemas de radar diferentes, um gravador de imagens infravermelho, um radar meteorológico e outros dispositivos. É também o primeiro avião sem piloto a atravessar o Oceano Pacífico, o que aconteceu em 2001.

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O drone foi bastante utilizado no Iraque e no Afeganistão, bem como em operações de busca e resgate após desastres, como o terremoto de 2011 e o tsunami no Japão e o Tifão Haiyan de 2013 nas Filipinas.

Eles também foram usados ​​em missões de espionagem contra a Coreia do Norte, mas a Força Aérea dos EUA geralmente prefere o avião de reconhecimento tripulado Lockheed U-2 para esse propósito, porque ele voa mais alto, tornando-o mais adequado para esquivar o clima e as restrições do espaço aéreo.

O Global Hawk é operado pela Força Aérea e Marinha dos EUA, bem como pela NASA. Uma variante também foi operada pela Força Aérea Alemã de 2009 a 2013, mas o programa foi encerrado porque as Nações Unidas desautorizaram sua operação no espaço aéreo europeu sem modificações consideradas caras.

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