Assim, em 8 de setembro, a agência estatal síria SANA compartilhou um vídeo de um tiroteio entre os membros de uma organização terrorista e os efetivos do exército sírio no qual se pode observar caixas de munições que têm inscrições em hebraico. Enquanto isso, há informações que Israel trata extremistas feridos em seus hospitais.
Não é a primeira vez que os militares sírios encontram armas de fabricação israelense nas bases ocupadas pelos terroristas e militantes da chamada "oposição moderada". Contudo, não há provas que as autoridades israelenses estejam diretamente ligadas ao fornecimento de armas.
Segundo o ex-chefe de um serviço especial israelense, Yakov Kedmi, citado pelo jornal russo Vzglyad, Israel fabrica armas e as fornece a muitos países. Enquanto isso, ele frisou que as armas poderiam ter sido fornecidas à Síria via terceiros países, como os países da Europa Central ou EUA. Kedmi acrescentou também que as armas poderiam ter sido roubaras de um armazém do exército israelense.
Contudo, o especialista assinalou que as inscrições em hebraico são uma prova de que Tel Aviv não está envolvido nestes fornecimentos.
"Se quiséssemos armar algumas organizações ilegais de forma clandestina, não haveria inscrições em hebraico ou outros sinais de identificação", explicou ele.
De acordo com Kedmi, neste caso trata-se de uma tentativa de desacreditar Israel, uma justificação para iniciar hostilidades contra Israel por parte da população árabe e turca. Por outro lado, trata-se de uma tentativa de desacreditar os curdos para demonstrar que o referendo "foi uma provocação por parte de forças externas."
"É uma simples guerra propagandística. Ninguém diz que não se pode acusar Israel de nada. Mas acusações desse tipo? Dizer que Israel criou o Daesh ou que o arma? A propaganda não tem limites. Agora é possível escrever qualquer estupidez", concluiu Kedmi.