Na segunda-feira (23), durante discurso da vitória eleitoral, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, prometeu "agir fortemente" para resolução da crise norte-coreana.
Do ponto de vista japonês, a ameaça representada pela Coreia do Norte atingiu "nível crítico e iminente", sendo assim, EUA, Japão e Coreia do Sul devem abordar o assunto juntos, declarou na segunda-feira (23), o ministro da Defesa japonês, Itsunori Onodera, informa a Reuters.
"A ameaça da Coreia do Norte atingiu nível inédito, crítico e iminente. Portanto, devemos tomar medidas calibradas e diferentes para cumprimento do nível da ameaça", declarou o ministro japonês durante conversações com seus homólogos sul-coreano, Song Young-Moo, e norte-americano, James Mattis.
Segundo o documento citado pelo jornal The Japan Times, os reacionários japoneses "buscam gratificar sua ambição a fim de permanecer no poder e pavimentar o caminho para voltar a invadir a península coreana no intuito de cumprir seu antigo sonho da Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental". Pyongyang se refere aos territórios ocupados pelo Império do Japão na época da Segunda Guerra Mundial.
Ao mesmo tempo, Pyongyang também critica Tóquio por "oferecer assistência logística às tropas estadunidenses". Coreia do Norte indica "estar absolutamente claro que Japão avança nos preparativos para reinvasão, que atingiu etapa final, com o apoio dos EUA". Tendo em conta toda a situação, o governo norte-coreano "tem direito de tomar contramedida dura para se defender".
A tensão na península na Coreia só tem aumentado com os repetidos testes balísticos. A comunidade internacional tenta pressionar Kim Jong-un por meio de sanções, mas, até o momento, a Coreia do Norte não interrompeu seus testes balísticos e nucleares, nem mostra interesse em fazer a vontade dos outros países.