"A situação se desenvolve previsivelmente, mas no âmbito deste desenvolvimento previsível cresce a instabilidade e a possibilidade de combates na área dos Himalaias entre as subdivisões da Índia e China", comentou o analista Pyotr Topychkanov à Sputnik China, comentando as possíveis consequências do reforço militar da Índia na fronteira com a China.
Rajnath Singh comunicou, que as propostas recebidas pelo Ministério do Interior para construir mais 50 postos de controle, serão consideradas, expressou o Times of India.
"Tudo isso é destinado ao reforço militar da Índia na área fronteiriça e o aumento de postos na região é uma das medidas nesta direção. O aumento de postos na fronteira não está ligado diretamente com o conflito fronteiriço recente, mas isso não exclui que após o confronto, a Índia ache necessário continuar reforçando as posições na região", afirmou o analista chinês Yang Bian à Sputnik China.
Ele acrescentou que com o reforço da China, o controle das fronteiras é também reforçado. A China e a Índia têm uma longa história de confrontos na área fronteiriça, por isso a Índia também reforça sua presença militar na região.
Atualmente a Índia possui 176 postos de controle na fronteira com a China, além disso, o país possui planos para reforçar os flancos rumo à China, que incluem o deslocamento de formações especiais prontas a agir nas áreas montanhosas e dos sistemas de armas mais avançados, incluindo os sistemas de mísseis AKASH.
"Os objetivos por parte da Índia de anunciar as novas medidas na zona fronteiriça durante a visita do Secretário de Estado Tillerson, ficam bem claros[…]mostrar à China, que a Índia está agindo conforme os interesses nacionais, mas ao mesmo tempo a Índia e os EUA possuem compreensão mútua da questão", afirmou o analista russo à Sputnik China.
Esta lógica é clara, mas a China pode entender isso de forma diferente, de que o país está agindo em coordenação com Washington e de acordo com a sua política, ou seja, formar um sistema de bases e contenção da China por todos os meios, o que pode provocar uma reação forte desta.
A Índia não tem como objetivo se tornar o membro de quaisquer blocos e uniões militares e sempre nega tais propostas, por isso a Índia não fará parte da união com os EUA contra a China. Mas a Índia não possui recursos militares suficientes para realizar iniciativas independentes na área dos Himalaias, por isso as autoridades do país consideraram racional a adesão aos esforços dos EUA na contenção da China.