"Os EUA querem [ver] uma Síria unida, inteira, sem papel algum do [presidente] Bashar Assad no governo", citou as palavras de Tillerson a agência Reuters.
"O governo da família Assad está acabado, a única questão é como isso pode ser realizado", afirmou o secretário de Estado.
Também foi comunicado que, durante o encontro, Tillerson afirmou que os EUA apoiam o reinício do processo de resolução pacífica da crise síria em Genebra.
O especialista em Oriente Médio Dmitry Egorchenkov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, assinalou que os norte-americanos mudaram mais de uma vez sua posição em relação à Síria e ao líder do país árabe. Assim, ainda na primavera os EUA afirmaram que a demissão de Bashar Assad já não é uma prioridade deles.
Enquanto isso, o especialista não descartou a possibilidade de Washington poder ter determinados planos para usar outras forças para derrotar Assad. Contudo, de acordo com Egorchenkov, os EUA não têm ferramentas reais para realizá-los.
"Pode ser que eles tenham alguns planos preliminares de apoio a vários líderes políticos, que poderão ser de algumas estruturas relativamente pró-governamentais. Os norte-americanos nunca colocam todos os ovos na mesma cesta. Eles colaboram com diferentes forças. Mas é evidente que agora os EUA não têm ferramentas reais para eliminação de Assad pela força. A situação se diferencia completamente da que havia em 2015. Hoje em dia, até a sociedade síria vive outro paradigma, de acordo com estimativas, a quantidade de pessoas que apoiam Assad é mais alta que a das que não o apoiam. Quer dizer, o conflito uniu os sírios, especialmente quando foi revelado que ele não era apenas interno, mas que foi provocado por forças externas", ressaltou Dmitry Egorchenkov.