Há pouco, o presidente russo, Vladimir Putin, tomou parte dos exercícios de forças nucleares estratégicas, comunicou o porta-voz do chefe de Estado russo, Dmitry Peskov.
Peskov adiantou que Putin efetuou pessoalmente o lançamento de 4 mísseis balísticos.
Deste modo, durante os ensaios foi disparado um míssil balístico intercontinental Topol a partir do cosmódromo de Plesetsk (na cidade de Arkhangelsk) para o polígono de Kura (península de Kamchatka).
Ao mesmo tempo, um submarino da Frota do Pacífico lançou dois mísseis balísticos a partir do mar de Okhotsk com destino ao polígono de Chizha, na região de Arkhangelsk, enquanto outro submarino, da Frota do Norte, lançou mais um míssil balístico para o polígono de Kura.
Os aviões de longo alcance Tu-160, Tu-95MS e Tu-22M3, por sua vez, tendo decolado das bases aéreas de Ukrainka, Engels e Shaikovka, respectivamente, atingiram alvos terrestres na península de Kamchatka, na república de Comi e no Cazaquistão com mísseis de cruzeiro.
Em uma entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em assuntos militares Aleksandr Pylaev assinalou que para as Forças Armadas russas, nas quais existe o conceito de "tríade nuclear", estes foram ensaios comuns.
"Como se pode entender, no caso de uma ameaça global, três portadores de mísseis com 'recheio' nuclear — isto é, os submarinos atômicos, os aviões estratégicos e os mísseis balísticos — devem ser lançados de modo sincronizado, submetendo-se a um plano comum. Por isso, tais ensaios são naturais para a Força Estratégica de Mísseis, a Marinha russa e a Força Aeroespacial, já que se avalia não só a capacidade de lançar certo tipo de míssil, mas também a sincronização", explicou o especialista.
"A presença do comandante supremo [Vladimir Putin] em ensaios desse nível, nos quais são envolvidas forças do maior potencial destruidor, também é bem natural, pois é precisamente o comandante supremo que é obrigado a tomar a decisão final sobre o uso dessas forças", concluiu.