Inspirados pelo moral, alguns turistas tiraram fotos em frente à pintura no ultimo domingo, imitando o beijo dos líderes norte-americano e israelense.
O autor do mural foi um artista de rua australiano conhecido como Lushsux. Em entrevista à Agência Reuters, ele disse que, ao criar a obra de arte, queria chamar a atenção para os palestinos estarem detidos em "uma prisão interna".
A pintura tem semelhanças impressionantes com o famoso trabalho no muro de Berlim pelo artista russo Andrey Vrubel, que representou o beijo fraterno do líder soviético Leonid Brezhnev e seu homólogo alemão oriental Erich Honecker.
Lushsux havia anteriormente decorado a barreira de separação em Jerusalém com outros dois murais com Trump. Uma das pinturas mostra o presidente dos EUA beijando uma torre de vigilância israelense, enquanto no outro Trump vê-se colocando a mão na barreira e meditando: "Eu vou construir um irmão", referindo seu plano de erguer um muro na fronteira dos EUA com o México.
"O muro é uma mensagem em si", disse o artista. "Eu não preciso escrever 'Palestina livre' ou algo assim, algo realmente direto […] que as pessoas vão ignorar".
"Eu apenas pinto o que costumo pintar e talvez as pessoas comecem a olhar para o fundo e a olhar para as cercas e arames, olhando as pessoas presas aqui, e talvez isso funcione melhor", explicou Lushsux.
Em setembro, o embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, disse ao jornal Jerusalem Post que Trump e Netanyahu desenvolveram um relacionamento "fenomenal", sendo ambos "líderes decisivos".
"A química é excelente. É divertido estar com eles. Eles estão falando como um casal de amigos, e é divertido estar na sala com eles porque as conversas são realmente agradáveis. Eles são engraçados. Eles são cordiais", disse Friedman.
Netanyahu, que tinha relações frias e até hostis com o ex-presidente norte-americano Barack Obama, recentemente elogiou Trump por não recertificar o acordo nuclear com o Irã, chamando a mudança do presidente dos EUA de"corajosa".