'Por que Washington nos castiga?': ex-líder do Curdistão iraquiano acusa EUA de traição

© AFP 2023 / SAFIN HAMEDPresidente do Curdistão iraquiano, Masoud Barzani, durante uma coletiva de imprensa
Presidente do Curdistão iraquiano, Masoud Barzani, durante uma coletiva de imprensa - Sputnik Brasil
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Masoud Barzani referia-se ao possível apoio dos EUA à operação militar lançada por Bagdá em 16 de outubro, depois do referendo sobre a independência do Curdistão realizado no final do mês passado.

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Os EUA não apoiaram os curdos, que foram seus aliados mais próximos na luta contra os terroristas do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), disse Masoud Barzani, o ex-presidente do Curdistão iraquiano, depois de abandonar seu cargo.

"Ninguém ficou conosco a não ser as nossas montanhas", citou a agência Reuters o discurso de Barzani de 29 de outubro depois de o parlamento do Curdistão ter aprovado sua demissão. O ex-líder referia-se à operação militar lançada por Bagdá em 16 de outubro, depois do referendo curdo. A grande maioria do povo curdo apoiou a independência em relação ao Iraque no referendo de setembro.

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Barzani criticou os EUA por terem abandonado os curdos e permitido que os tanques norte-americanos Abrams, que tinham sido fornecidos às forças iraquianas para lutar contra o Daesh, fossem usados contra os curdos.

"Sem a ajuda dos peshmerga (combatentes curdos), as forças iraquianas não teriam conseguido libertar sozinhas Mossul do Daesh", sublinhou ele. "Por que Washington quer castigar o Curdistão?", pergunta Barzani.

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