O alerta foi feito nesta segunda-feira por Nam Jae-cheol, chefe da Administração Meteorológica da Coreia do Sul. Em entrevista à agência local Yonhap, ele afirmou que, se a Coreia do Norte detonar outro dispositivo nuclear, poderia desencadear um colapso da região montanhosa e também um vazamento de materiais radioativos.
"Com base em nossa análise de imagens de satélite, julgamos que existe um espaço vazio, que mede aproximadamente de 60 a 100 metros (em comprimento), no fundo do Monte Mantap em Punggye-ri", disse ele durante uma auditoria parlamentar. "Então, se outro teste de armas nucleares ocorrer, existe a possibilidade (de um colapso)".
Nam foi questionado se um terremoto desencadearia uma liberação de materiais radioativos. A resposta foi preocupante: "Se [a montanha] afundar, existe uma possibilidade", revelou.
A notícia do comprometimento de Punggye-ri após o sexto teste nuclear norte-coreano, em setembro – o mais forte da história do país, e que teria sido feito com uma bomba de hidrogênio – já era conhecido, segundo imagens de satellite divulgadas pelo site 38 North, especializado em assuntos militares norte-coreanos.
Na última sexta-feira, o jornal South China Morning Post, com sede em Hong Kong, informou que geólogos chineses alertaram uma delegação norte-coreana no mês passado a respeito de uma possível implosão na instalação de testes nucleares do Norte.
A mesma publicação destacou também disse que, um dia depois que o Norte conduzir seu sexto teste nuclear, um cientista nuclear chinês sênior afirmou que testes adicionais poderiam explodir o topo da montanha no local, e que os resíduos radioativos poderiam sair as rachaduras.
Agências de inteligência dos Estados Unidos e da Coreia do Sul esperavam que a Coreia do Norte conduzisse novos testes balísticos ou nucleares em outubro, em meio a datas comemorativas para Pyongyang. Contudo, nenhuma nova prova bélica foi realizada, no maior hiato de testes norte-coreanos de 2017.