A fonte qualificou o anúncio dos EUA e de sua coalizão sobre a libertação da cidade de Raqqa do Daesh como uma "mentira que visa distrair a atenção internacional dos crimes" que a coalizão cometeu na província de Raqqa.
O Ministério das Relações Exteriores sírio assinalou que, em resultado de um "bombardeio premeditado e bárbaro", mais de 90% de Raqqa foram completamente destruídos. Na cidade e seus arredores a infraestrutura foi destruída, dezenas de milhares de moradores locais foram forçados a fugir.
A fonte qualificou também os apelos dos EUA e seus aliados à reconstrução de Raqqa como tentativas de manipular de opinião pública.
Anteriormente, o ministro das Informações sírio, Mohamed Ramez Tordjman, frisou que mesmo que a saída dos terroristas de Raqqa possa ser considerada como um fato positivo, é necessário que a cidade seja ocupada pelas tropas sírias.
Grigory Lukyanov, especialista em assuntos do Oriente Médio e professor da Escola Superior de Economia, comentou, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, os planos dos EUA e seus aliados em relação a Raqqa.
"Existe um conjunto de fatos que prova que a presença dos EUA e seus aliados em Raqqa visa criar um centro de poder alternativo a Damasco. Quer dizer, nessa cidade, sob a proteção das formações curdas e de um conjunto de pequenos grupos árabes apoiados pelos EUA, serão criados órgãos de poder, que poderão ser usados na qualidade de segundo 'centro de poder'. À volta dele irá ser formado um sistema político oposto a Damasco, onde gradualmente aparecerão instituições que os EUA poderão influenciar, seu estatuto será legalizado. Devido a isso, Damasco pode considerar que a vitória sobre o Daesh não é o prelúdio do fim da guerra civil mas, pelo contrário, o início de uma etapa até mais perigosa, já que os EUA serão um dos lados interessados", acredita Grigory Lukyanov.