"É muito difícil encontrar restos humanos em Timna. Foi a primeira vez que encontramos uma mulher", compartilhou o arqueólogo Erez Ben Yosef.
"Não há fontes de água por isso ninguém habitou essa região por muito tempo. Pessoas realizavam para extrair cobre, o que acontecia geralmente durante o inverno", acrescentou ele.
Antes da mulher achada, arqueólogos chegaram a encontrar sarcófagos completamente vazios. Ben Yosef acredita que, devido ao clima desagradável, "pessoas eram sepultadas temporariamente na região, depois outra expedição levava os ossos para casa". Contudo, no caso da mulher grávida, isso não aconteceu, o que surpreendeu muito os cientistas.
A única pista deixa pela mulher para que os arqueólogos descobrissem alguma coisa de sua personalidade se trata de duas miçangas de vidro bem preservadas no túmulo. De acordo com uma especialista em egiptologia, Deborah Sweeney, miçangas serviam como amuleto, ligado à deusa egípcia Hator – a protetora dos mineiros. Em sua homenagem, perto das minas foi construído um templo.
Hallazgos que respaldan historias de la Biblia continuan. Arqueólogos "sorprendidos", ¿Por qué? #Timna https://t.co/z7INIIDvb5
— Cilinia (@CiliPb) 1 de novembro de 2017
Além disso, no túmulo foram encontrados restos de instrumentos musicais e a imagem de uma mulher tocando sistro, um instrumento de percussão antigo. Segundo pesquisadores, a mulher grávida provavelmente era uma sacerdotisa adoradora da deusa Hator, que tocava hinos rituais em sua homenagem.
"Há chances de ela ter sido uma aventureira que já estava bem longe de sua casa, o que acontecia muito raramente entre mulheres do Egito. Mas ela nunca voltou para casa, sendo enterrada perto do templo da deusa Hator", ressalta Deborah Sweeney.