A diretora do Conselho, Maya Morsi, criticou duramente os comentários de Nabih Al-Wahsh, chamando-os de "apelo flagrante ao estupro" e violação direta da Constituição do Egito em uma declaração oficial, publicada no domingo (29). O Conselho apresentou queixa ao Conselho Supremo da Mídia contra o jurista e contra canal Al-Assema, onde ele apresentou a ideia em rede nacional em meados de outubro.
Um relatório da ONU, publicado em 2013, revelou que 99% das mulheres no Egito foram de alguma forma violadas sexualmente. Vale destacar que o governo egípcio começou a tratar o assunto como crime apenas a partir de 2014.
Como relatou o jornal Daily News Egypt, Al-Wahsh defende seus comentários dizendo que "a sua filha também mereceria [ser estuprada], se decidisse vestir jeans rasgados na parte de trás".
Para ele, trata-se de costumes orientais que ferem religiões divinas.
"Esse problema não é meu, mas [se elas] cortam as calças na parte de trás, não temos como protegê-las […] não passa de uma roupa aberta para que homens jovens as violem e façam sexo com elas", adicionou.