"O bloco foi criado cerca de 70 anos atrás, em 1949, para propósitos defensivos. Contudo, agora está seguindo fins puramente comerciais. Quando um país se junta à Aliança, os Estados-membros precisam se adaptar aos seus padrões e pagar contribuições. Os países também possuem um limite em suas ações de negócio, enquanto enfrentam uma crise gravíssima de identidade e de valores", disse o analista de defesa na entrevista à Sputnik Itália.
Para ele, a Aliança justifica suas manobras militares extensas e decisões antirrussas pela alegada ameaça de Moscou aos vizinhos. O especialista também avaliou os exercícios Silver Arrow 2017, que há pouco foram realizados na Letônia e que envolveu 3.500 soldados de 11 países-membros.
Ao dizer que não vê "nada de inabitual" nos exercícios militares, Andrea Cucco notou que o motivo para as manobras, assim chamada ameaça da invasão russa ou provocações militares, não foi investigado minuciosamente.
Para provar isso, ele mencionou a recente conferência da OTAN e seminário sobre guerra, que foi realizado no Colégio da Defesa da OTAN em Roma em meados de outubro, onde os países-membros classificaram a Rússia e a China como "maiores fornecedores de notícias falsas" para fins políticos e militares.
Na Itália há um provérbio que diz que "boi é um burro com chifres", ou seja, muitos países ocidentais manipularam por muito tempo a informação para o seu próprio bem, e agora é absolutamente hipócrita realizar conferência sobre notícias falsas com tal conclusão.
Estes países tinham que mostrar mais dignidade e ficar calados, opina Andrea, adicionando que a Rússia é "o último país a atacar o Ocidente".
De acordo com Cucco, a Aliança deve trazer de volta certos valores para ser capaz de se abster da expansão da informação hipócrita. O mundo mudou tanto nos últimos 70 anos e é ridículo manter tal Aliança esperando que ela continue desempenhando o seu papel habitual em circunstâncias completamente diferentes, concluiu ele.