O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou a renúncia de seu homólogo libanês, Saad Hariri, um sinal para a comunidade internacional sobre a necessidade de "agir contra a agressão iraniana" no Oriente Médio.
"A renúncia do primeiro-ministro libanês Hariri e suas observações são um alerta para a comunidade internacional para agir contra a agressão iraniana que está tentando transformar a Síria em um segundo Líbano. Esta agressão põe em perigo não só Israel, mas todo o Oriente Médio. A comunidade internacional precisa se unir e enfrentar essa agressão", disse Netanyahu em um comunicado divulgado no Twitter no final de sábado.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano Bahram Qassemi, respondendo em declarações às alegações de Hariri contra Teerã, chamou a renúncia do primeiro-ministro libanês de "um novo cenário para criar tensão no Líbano e na região".
"A repetição do primeiro-ministro libanês de acusações infundadas contra o Irã pelos sionistas, sauditas e americanos testemunha o fato de que essa renúncia também é um novo cenário para criar novas tensões no Líbano e na região, mas acreditamos que o povo libanês é forte também passará facilmente nesta fase", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano.
"Como o presidente do Líbano destacou as boas as relações políticas entre os dois países e rejeitou qualquer acusação de interferência do Irã no Líbano, a República Islâmica do Irã também sempre respeitou a independência do Líbano e [a necessidade de] manter a estabilidade e a tranquilidade. Expressamos a disponibilidade para cooperar com o governo libanês em áreas de interesse mútuo", concluiu Qassemi.
Hariri foi primeiro-ministro de 2009 a 2011 e voltou a ocupar o cargo em novembro de 2016. Seu pai, Rafik Hariri, foi morto em 2005 como resultado de uma explosão em Beirute. Um tribunal especial em Haia acusou cinco membros do Hezbollah de planejar e executar o assassinato de Rafik.