Em nota, o partido indicou o nome de Manuela, hoje deputada estadual no Rio Grande do Sul, como pré-candidata ao pleito de 2018. A decisão separa a sigla do PT, do qual foi aliado em todas as eleições presidenciais desde a redemocratização, em 1985.
Com a decisão, a esquerda possui agora ao menos quatro candidatos já lançados: além de Manuela, são pré-candidatos o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
Já o PSOL, que também deve ter candidatura própria, ainda não definiu quem será seu candidato – o deputado Chico Alencar (RJ) desistiu da empreitada para tentar uma vaga no Senado, e o diretório gaúcho da legenda sugeriu novamente o nome da ex-deputada Luciana Genro.
Segundo o comunicado do PCdoB, a candidatura do partido deve ter como valores centrais "a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torna-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho".
Aos 36 anos, Manuela se elegeu duas vezes deputada federal, em 2006 e 2010. Em ambas as campanhas, acabou como a mais votada do Rio Grande do Sul. Na Câmara, chegou a ser líder da bancada do PCdoB.
Além disso, ela também concorreu à prefeitura de Porto Alegre duas vezes, em 2008 e 2012. Em 2014, foi eleita deputada estadual no Rio Grande do Sul. A gaúcha iniciou sua carreira política em 2004, quando foi eleita vereadora na capital gaúcha aos 24 anos.
No Twitter, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, comentou a decisão do PCdoB e elogiou a futura adversária no pleito presidencial.
"Grande quadro político, grande mulher! Ali na frente nos encontraremos, Manu!", escreveu a petista.
PCdoB lança Manuela d’Ávila à presidência da República. Grande quadro político, grande mulher! Ali na frente nos encontraremos Manu!
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) 5 de novembro de 2017
Outros presidenciáveis cotados a participar das eleições de 2018 são o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), a ex-senadora Marina Silva (Rede Sustentabilidade) e o apresentador Luciano Huck (sem partido).