O leilão realizado na última semana de outubro contou com a participação de petrolíferas do mundo todo. A chinesa CNPC, a britânica BP, a Shell e a Repson Sinopec levaram os campos de produção mais rentáveis e muita gente ficou se perguntando que efeito prático a venda teria nos postos de combustível.
"A produção do pré-sal vai compor a produção mundial que vai se contrastar com a demanda e o preço vai se formar com estes parâmetros. A Petrobrás tem repassado os fatores externos para o que é cobrado na refinaria, dos distribuidores e do varejo", explica o analista.
De Vitto também explicou porque aumentos são repassados imediatamente às bombas, mas cortes nos preços cobrados da refinaria nem sempre são sentidos pelo consumidor.
"Costumamos brincar que os preços sobem de elevador e descem de escada. Mas a verdade é que outros fatores podem influenciar nas tarifas. No preço final estão as variações do etanol, que é misturado à gasolina C disponível nas bombas. Pode acontecer de a refinaria baixar o preço, mas o etanol aumentar, um movimento contrário. Há também problemas de tributação, como aconteceu este ano com o PIS/Cofins, um imposto que teve aumento muito forte, expressivo. São 'n' fatores que afetam o preço do consumidor que não só a refinaria".
"Temos uma exportação de petróleo crescente e relevante, mas importamos derivados. Somos autossuficientes, mas é preciso fazer uma ressalva quanto à queda do consumo doméstico aliado ao aumento de produção, o que ajudou no fechamento da conta. Nos próximos anos, com a retomada da economia, vamos ver uma pressão por parte da demanda".