"Moscou está preocupada com a situação no país amigo do Líbano. Correm perigo as tendências positivas que se desenvolveram com sucesso no país desde o final de 2016 quando, como resultado da eleição de Michel Aoun como presidente e a formação do governo da coalizão, liderado por Hariri, superando a crise do poder executivo", diz o comunicado.
A pasta russa acrescenta que a Rússia defende "a moderação e a abordagem construtiva de todos os atores externos, que influenciam o desenvolvimento da situação no Líbano".
O Ministério de Relações Exteriores enfatizou ainda que a Rússia apoia a soberania, a unidade e a integridade territorial do Líbano e defende "a solução de todas as questões na agenda nacional pelos próprios libaneses sem intervenção externa".
Em 4 de novembro, o primeiro-ministro libanês renunciou enquanto estava em Riad, na Arábia Saudita. Na sua carta de demissão, ele atribuiu sua demissão em particular ao medo por sua vida.
De lá para cá, as tensões na região aumentaram significativamente. De um lado, a Arábia Saudita e Israel acusaram o Irã pela crise no Líbano, tendo Teerã ainda influenciado o grupo militante xiita libanês Hezbollah, que Riad e Tel Aviv consideram uma "organização terrorista".
Já a República Islâmica iraniana negou ter qualquer envolvimento na instabilidade vivida em Beirute.