Atualmente, os tanques de novo ganharam popularidade e o Ocidente deve considerar a concorrência crescente por parte da Rússia e China que começaram a modernizar suas forças armadas, escreve o analista militar da Universidade Nacional da Austrália Declan Sullivan no seu artigo do The National Interest.
Como resultado disso, o tanque de combate principal norte-americano M1 Abrams, se tornou o mais velho entre os existentes no mundo. Por isso, de acordo com Sullivan, a Austrália deve analisar se necessita de mais tanques Abrams ou se vale a pena buscar blindados mais potentes.
Em 2014, a Rússia demonstrou o seu novo tanque T-14 Armata. É o novo modelo que foi criado após a desintegração da União Europeia e deve entrar em serviço em 2020. Entretanto, vários analistas acreditam que devido às dificuldades com a produção em massa, a Rússia continuará apostando em modelos mais velhos como o T-90.
O tanque T-14 possui um canhão padrão de 125mm, mas a construção da torra permitirá a instalação de um canhão de até 152mm. A arma principal do tanque possui um sistema de carregamento automático que está localizada na torra onde não acomoda nenhum membro da tripulação.
Além disso, o tanque é dotado de um sistema de defesa ativo Afganit, que protege o tanque dos mísseis antitanque e dos lança-granadas antitanques. Os analistas supõem que o sistema pode proteger o tanque russo dos projéteis cinéticos modernos utilizados por tropas terrestres norte-americanas, por exemplo, do projétil M829A4, indica o The National Interest.
Ao mesmo tempo, a China também continua modernizando seu material bélico que conta com 7 mil tanques, entre os quais 2 mil são tanques modernos. No ano passado, a China recebeu a versão mais avançada do tanque principal de combate ZTZ-96 dotado de um canhão principal de 125mm e protegido pela blindagem que é semelhante à do tanque russo T-90.
De acordo com o autor, o problema principal do tanque Abrams norte-americano é o seu peso que é mais de 70 toneladas. É um dos tanques mais pesados do mundo. A Austrália já sentiu essa desvantagem, quando o peso do tanque foi excessivo para que fosse transportado por um navio de infantaria.
Mas o número de tanques em cada regimento é relativamente pequeno e isso, segundo o autor, significa que eles não conseguirão guerrear efetivamente contra os tanques inimigos. Por isso, os militares australianos colocaram a meta de aumentar a tropa de 59 para 90 tanques blindados e criar uma série de veículos militares baseados nos chassis de Abrams.
O autor indica que é difícil prever se a Austrália deve utilizar os tanques existentes em um combate real, mas se acontecer, os tanques apoiarão a infantaria australiana. O autor propõe pensar neste sentido, sobre que os blindados serão mais eficientes nas missões de apoio à infantaria.