Analista australiano duvida se tanques dos EUA protegerão o país da Rússia ou China

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No contexto da modernização bem-sucedida dos tanques realizada pela Rússia e China, a Austrália também deve analisar o seu material bélico norte-americano disponível pode conter as ameaças, acredita o analista militar australiano, Declan Sullivan.

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Possivelmente, em vez da compra de novos Abrams seria melhor pensar sobre plataformas blindadas mais ligeiras, afirma o autor do artigo publicado no The National Interest

Atualmente, os tanques de novo ganharam popularidade e o Ocidente deve considerar a concorrência crescente por parte da Rússia e China que começaram a modernizar suas forças armadas, escreve o analista militar da Universidade Nacional da Austrália Declan Sullivan no seu artigo do The National Interest. 

Como resultado disso, o tanque de combate principal norte-americano M1 Abrams, se tornou o mais velho entre os existentes no mundo. Por isso, de acordo com Sullivan, a Austrália deve analisar se necessita de mais tanques Abrams ou se vale a pena buscar blindados mais potentes. 

Em 2014, a Rússia demonstrou o seu novo tanque T-14 Armata. É o novo modelo que foi criado após a desintegração da União Europeia e deve entrar em serviço em 2020. Entretanto, vários analistas acreditam que devido às dificuldades com a produção em massa, a Rússia continuará apostando em modelos mais velhos como o T-90. 

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Após o longo "período de instabilidade política e financeira" a Rússia regressou à realização do programa de grande escala de recuperação e rearmamento de suas tropas terrestres, incluindo a substituição de todos os blindados por outros mais novos e avançados. Segundo o autor, o novo tanque T-14 Armata é só um dos vários projetos realizados no âmbito deste programa. 

O tanque T-14 possui um canhão padrão de 125mm, mas a construção da torra permitirá a instalação de um canhão de até 152mm. A arma principal do tanque possui um sistema de carregamento automático que está localizada na torra onde não acomoda nenhum membro da tripulação.  

© Sputnik / Mikhail Klimentiev / Acessar o banco de imagensUm tanque T-14 Armata é visto em 18 de setembro de 2017 no polígono Luzhsky durante os exercícios estratégicos conjuntos russo-bielorrussos Zapad 2017
Um tanque T-14 Armata é visto em 18 de setembro de 2017 no polígono Luzhsky durante os exercícios estratégicos conjuntos russo-bielorrussos Zapad 2017 - Sputnik Brasil
Um tanque T-14 Armata é visto em 18 de setembro de 2017 no polígono Luzhsky durante os exercícios estratégicos conjuntos russo-bielorrussos Zapad 2017

Além disso, o tanque é dotado de um sistema de defesa ativo Afganit, que protege o tanque dos mísseis antitanque e dos lança-granadas antitanques. Os analistas supõem que o sistema pode proteger o tanque russo dos projéteis cinéticos modernos utilizados por tropas terrestres norte-americanas, por exemplo, do projétil M829A4, indica o The National Interest.

Ao mesmo tempo, a China também continua modernizando seu material bélico que conta com 7 mil tanques, entre os quais 2 mil são tanques modernos. No ano passado, a China recebeu a versão mais avançada do tanque principal de combate ZTZ-96 dotado de um canhão principal de 125mm e protegido pela blindagem que é semelhante à do tanque russo T-90. 

De acordo com o autor, o problema principal do tanque Abrams norte-americano é o seu peso que é mais de 70 toneladas. É um dos tanques mais pesados do mundo. A Austrália já sentiu essa desvantagem, quando o peso do tanque foi excessivo para que fosse transportado por um navio de infantaria. 

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Os tanques M1A1 Abrams australianos correspondem às versões modernizadas norte-americanas, e a última série de modernizações foi destinada a aumentar o prazo do serviço deles até 2035, diz o artigo. De acordo com o plano de reformas das subdivisões militares australianas, toda a frota de Abrams foi dividida entre as três brigadas militares, e estes tanques entraram para o serviço de regimentos. Como resultado, o conjunto de seu potencial militar foi aumentado ao máximo e agora os tanques podem participar das iniciativas militares junto com os outros elementos das tropas terrestres australianas. 

Mas o número de tanques em cada regimento é relativamente pequeno e isso, segundo o autor, significa que eles não conseguirão guerrear efetivamente contra os tanques inimigos. Por isso, os militares australianos colocaram a meta de aumentar a tropa de 59 para 90 tanques blindados e criar uma série de veículos militares baseados nos chassis de Abrams. 

O autor indica que é difícil prever se a Austrália deve utilizar os tanques existentes em um combate real, mas se acontecer, os tanques apoiarão a infantaria australiana. O autor propõe pensar neste sentido, sobre que os blindados serão mais eficientes nas missões de apoio à infantaria. 

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