De acordo com o RT, se a Rússia não cumprir a demanda, as contas do canal podem ser apreendidas nos EUA, que, para a editora-chefe do canal russo, Margarita Simonyan, não passa de "canibalismo".
Anteriormente, foi solicitado ao RT para se registrar conforme o Ato de Registro de Agentes Estrangeiros em setembro, fazendo com que Moscou avise a Washington sobre a possibilidade de aplicação de medidas recíprocas em relação à mídia norte-americana na Rússia.
Este pedido dos EUA surgiu algumas horas depois de Adam Schiff, membro do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, declarar na quinta-feira (9) que essa era "uma questão difícil" se o RT deve ou não poder publicar seu material, o que foi descrito por Simonyan como medida "em nome da liberdade de expressão".
Ao longo das últimas semanas, o Twitter decidiu bloquear a publicidade de todos os perfis do RT e Sputnik, apoiando-se na sua própria investigação das presidenciais em 2016 nos EUA e obrigando Moscou a se referir a tal medida como "outro passo agressivo" em relação à mídia russa nos EUA.
Enquanto a assessoria de imprensa da Sputnik declarou que a agência nunca pagou pela publicidade no Twitter, o RT revelou como o Twitter incentivou a gastar muito em publicidade durante a campanha das eleições presidenciais, sendo a proposta rejeitada pelo canal.
Mais recentemente, o Senado norte-americano organizou audições com gigantes norte-americanos, onde os diretores-executivos do Google e Twitter declararam que não encontraram violações do RT em suas plataformas.