Autoridades libanesas afirmam que seu ex-premiê foi detido na Arábia Saudita

© AFP 2023 / ANWAR AMROSaad Hariri falando com jornalistas depois de ser nomeado premiê libanês, novembro de 2016
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De acordo com o governo libanês, citado pela agência de notícias Reuters, as autoridades acreditam que o seu ex-premiê Saad Hariri esteja preso na Arábia Saudita.

Hariri abandonou suas funções em 4 de novembro enquanto visitava a Arábia Saudita por temer possível assassinato parecido ao do seu pai.

"O Líbano está apelando a países árabes e estrangeiros para que os sauditas se livrem do ex-premiê Saad Hariri", disse à Reuters uma fonte oficial, que preferiu manter anonimato.

O oficial acrescentou: "Limitação da liberdade de Hariri é um ataque à soberania libanesa. Nossa dignidade é a dignidade dele. Vamos colaborar com os países para que ele volte a Beirute."

Riad e os assistentes de Hariri desmentiram as alegações de que ele esteja em prisão domiciliar, mas não negaram que sua circulação está restrita.

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A resignação de Hariri ocorreu depois do anúncio do ministro das Relações Exteriores saudita, Thamer Banhan, sobre estar esperando que o Líbano "atue para deter" o movimento Hezbollah – parte do governo do país – por representar ameaça à Arábia Saudita.

Hariri, que foi primeiro-ministro do país entre 2009 e 2011 e assumiu o governo mais uma vez em 2016, no sábado (4), pediu afastamento das funções durante visita à Arábia Saudita por medo de ser assassinado como seu pai. Além disso, ele criticou o movimento xiita paramilitar e político Hezbollah no Líbano e acusou o Irã de estar tentando destruir a região.

Seu pai, Rafik Hariri, foi assassinado em 2005, como resultado de uma explosão em Beirute. Cinco membros do Hezbollah foram acusados de estarem ligados ao assassinato pelo Tribunal Especial para o Líbano em Haia.

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