Netanyahu está sendo investigado por, supostamente, receber presentes de alto valor dos representantes do setor privado e de ter negociado com o maior jornal do país, Yedioth Ahronoth, uma cobertura positiva das ações do governo, em troca da aprovação de leis que desfavorecem o seu maior concorrente, o diário Israel Hayom.
"Confirmamos que o primeiro-ministro foi interrogado hoje (quinta-feira) durante algumas horas em sua residência de Jerusalem, no âmbito da investigação conduzida por Lahav 433 [também conhecida como FBI israelense]", informou um comunicado da polícia.
Netanyahu foi interrogado pela quinta vez. O último interrogatório ocorreu em março. Desde então a polícia conseguiu novas testemunhas de acusação, incluindo o ex-chefe da chancelaria do premiê, Ari Haro.
O premiê, por outro lado, nega as acusações e garante pretender governar o país durante muitos anos. Netanyahu afirma que a oposição pretende organizar um golpe de Estado, ao pressionar a polícia e a procuradoria. Se as investigações resultarem em apresentação formal de acusações pela justiça, Netanyahu poderá ser forçado a se afastar do cargo.