Entre 6 e 13 de novembro, cerca de 1.500 soldados brasileiros, 150 colombianos, 120 peruanos e 30 americanos participam das manobras polêmicas, rejeitadas pelas Forças Armadas do Brasil, pois estas entendem que isso implica começar a renunciar ao controle do principal reservatório de biodiversidade perante os americanos.
Com 5 milhões de quilômetros quadrados, 60% da Amazônia fica no Brasil.
Ademais, o analista caracterizou o contexto nacional que rodeia as respectivas manobras, ou seja, a política do atual governo brasileiro, destacando que é um governo que "está privatizando esta [a Amazônia] em massa", e sobretudo permite o acesso de empresas internacionais aos recursos naturais do país, inclusive o pré-sal.
"Os recursos naturais têm uma relação direta com a soberania nacional porque não se trata de conservacionismo puro: trata-se de reafirmar a soberania sobre os recursos, água, biodiversidade, questões nas quais as empresas norte-americanas tiveram e têm um interesse especial. Não é uma questão menor, é um tema muito forte", advertiu o especialista.
"É uma zona estratégica para o Brasil, sobretudo porque é a tripla fronteira entre Peru, Colômbia e Brasil, é uma zona amazônica, de forte crescimento populacional, com forte migração da Venezuela. […] É uma zona equatorial, o que significa tudo o que tem a ver com a esfera aeroespacial, esta zona será sempre apreciada por todas as potências", resumiu, adiantando que a região, acima de tudo, sempre foi muito rica em recursos minerais, inclusive raros, o que tem provocado inúmeros conflitos entre várias nações.