Na noite passada, o exército sírio acabou a missão de reconquista de Abu Kamal, uma pequena cidade síria na fronteira entre a Síria, o Iraque e a Jordânia. O papel da aviação e da marinha russa que participaram da operação de libertação da cidade foi crucial.
Esta cidade foi durante muito tempo controlada pelos jihadistas, sendo uma base de retaguarda. Para sul o Daesh controlava todo o território até à cidade de Bagdá, para norte até Raqqa e a oeste até Palmira. Ninguém tinha interesse pela pequena cidade no Eufrates até o início da ofensiva do exército sírio apoiado pela aviação russa.
Assim começou a corrida para o Eufrates para saber quem tomaria mais rapidamente o controle da fronteira da Síria com o Iraque e Jordânia. Durante esta guerra estranha, as forças da antiga "oposição moderada" impediam por todos os meios o avanço das forças governamentais sírias e tropas aliadas, agindo taticamente em proveito do Daesh.
A captura da cidade devia se tornar o episódio principal do combate norte-americano contra o Daesh. Tudo isso se iniciou em 2016, quando os jihadistas sofreram uma série de derrotas dolorosas do exército sírio e da aviação russa. Esta operação teria como objetivo fazer os EUA intervirem na guerra na Síria como um ator real.
Mas as coisas deram errado. A rádio propagandista foi a primeira a se calar, os agentes da CIA já não respondiam e depois desapareceu o comboio. Os especialistas norte-americanos e britânicos que acompanhavam o comboio não foram encontrados. Seja como for, o comboio do Novo Exército Sírio chegou a Abu Kamal sem qualquer apoio aéreo e os jihadistas simplesmente o dizimaram.
Foi assim que Abu Kamal se tornou um novo símbolo de derrota absurda para os norte-americanos.
Em 6 de novembro, o exército iraquiano limpou Al-Qaim, uma cidade vizinha de Abu Kamal, dos terroristas. Com esta libertação, a operação para expulsar o Daesh do oeste do Iraque pode ser considerada como bem-sucedida.