Outra importante área de cooperação técnico-militar bilateral é a construção de motores para aviões. Assim, Moscou fornecerá à China motores D-30 e AL-31F, no valor de um bilhão de dólares.
Segundo o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, em 2016, o volume de bens e serviços militares vendidos à China superou 3 bilhões de dólares (R$ 9,8 bilhões) enquanto o total de encomendas chinesas atinge aproximadamente 8 bilhões de dólares (R$ 26,2 bilhões).
"Hoje em dia, a cooperação representa, em primeiro lugar, não alguns grandes contratos, mas sim dezenas ou centenas de pequenos acordos, mal identificados pela mídia", sublinham os autores. A cota-parte das vendas à China totalizou cerca de 20% das receitas russas de exportação de armas em 2016.
A Rússia, por sua vez, está interessada na compra de motores diesel chineses para seus navios de patrulha da Guarda Fronteiriça. Além disso, têm sido realizadas negociações para a compra de tecnologias chinesas para a criação de componentes eletrônicos de uso espacial, em troca de tecnologias de produção russas do foguete RD-180.
"Depois de ter instalado os S-400 nas ilhas artificiais do mar do Sul da China e de expandir as capacidades de sua aviação por meio dos Su-35, Pequim se aproximará de seu objetivo — instalar uma zona de identificação de defesa antiaérea na região disputada", afirmam Gabuev e Kashin.
Nomeadamente, graças ao alcance dos S-400, a China poderá controlar o espaço aéreo de Taiwan e das Ilhas Senkaku, acreditam os autores.