Em resposta, o oficial afirmou que a "ONU disse basicamente que podemos perseguir o Daesh [organização terrorista proibida em muitos países, incluindo a Rússia]. Estamos lá para limpá-lo [o território]".
De fato, o problema é que a ONU nunca deu o mandato aos EUA para operar na Síria, assim, é pouco provável que têm a legalização para fazê-lo.
No entanto, Mattis provavelmente referiu-se à Resolução 2249, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU em novembro de 2015, em que o órgão apela aos Estados membros [da ONU] "que têm a capacidade de fazê-lo, para que tomem todas as medidas necessárias" e "redobrem e coordenem seus esforços para prevenir e reprimir atos terroristas cometidos especificamente pelo Daesh".
Em qualquer caso, a ONU permitiu fazê-lo apenas "em conformidade com o direito internacional".
'A ONU não tem esse direito'
Ao comentar a situação atual com a presença norte-americana na Síria, o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Gennady Gatilov, citado pelo jornal Rossiiskaya Gazeta, indicou que a declaração de Mattis é "rara".
"A Síria é um Estado soberano e independente. Só o governo e as autoridades legítimas sírias podem convidar as Forças Armadas de países terceiros ao seu território. A ONU não tem esse direito", destacou.
Mais cedo, as autoridades sírias mais uma vez avisaram os EUA que "a presença de forças americanas ou qualquer outra presença militar na Síria sem o consentimento do governo sírio, é uma agressão e violação da soberania da Síria, e também uma flagrante violação das fundações das Nações Unidas".