Na quinta-feira, a Missão Permanente da Síria para as Nações Unidas informou que enviou cartas dizendo que a coalizão liderada pelo Daesh garantiu a retirada de terroristas de Raqqa e Deir ez-Zor.
A emissora da BBC informou que os motoristas contratados pelo SDF foram forçados a evacuar cerca de 250 jihadistas e cerca de 3.500 membros de suas famílias de Raqqa em um comboio composto por cerca de 50 caminhões, 13 ônibus e mais de 100 veículos do Daesh em outubro.
Os jihadistas, incluindo os mercenários estrangeiros do Azerbaijão, da China, do Egito, da França, do Paquistão, da Arábia Saudita, da Tunísia, da Turquia e do Iêmen, tiraram de Raqqa tudo o que podiam, incluindo armas e munições.
"É uma revelação extremamente grave e reveladora de que as chamadas ‘Forças Democráticas Sírias’ dominadas pelo Partido da União Democrática Curdo da Síria (PYD) e pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), a extensão síria da organização terrorista Partido do Trabalhador do Curdistão (PKK), negociaram um acordo com a organização terrorista Daesh para evacuar um grande número terroristas de Raqqa, enquanto a operação para limpar o Daesh de Raqqa já estava em andamento", disse o comunicado.
De acordo com o ministério, o acordo estabelece um novo exemplo do fato de que "combater uma organização terrorista com outra resultaria em que essas organizações terroristas se encolhem umas nas outras".
No mês passado, o SDF anunciou a libertação completa de Raqqa, que foi tomada pelo Daesh em 2014, e o grupo proclamou a cidade como a capital da organização.
Ancara considera que as YPG estão afiliadas ao PKK, que está listado como um grupo terrorista na Turquia, nos Estados Unidos e na União Europeia. No entanto, o PYD e o YPG, bem como o SDF, receberam apoio dos Estados Unidos na luta contra o Daesh.