O supervulcão no parque nacional de Yellowstone é uma caldeira gigantesca tampada e é tão grande que é possível vê-la somente da órbita baixa terrestre. A sua cratera é de 72 quilômetros de largura e seus canais subjacentes contêm várias dezenas de milhares de quilômetros cúbicos de material magnético.
O que aconteceria se uma parte desta força se transformasse em erupção? Não é ficção científica, pois catástrofes semelhantes já aconteceram antes.
Claro que uma nova injeção de magma poderia ser suficiente para desencadear uma despressurização imediata com todo o conteúdo do sistema saindo à superfície para a atmosfera.
Para Poland, o pior dos cenários seria se toda a "barriga magnética" se esvaziasse em uma explosão colossal supervulcânica. Vale destacar que a catástrofe já aconteceu três vezes no vulcão em questão: há 2,1 milhões de anos, 1,3 milhão de anos e há 640 mil anos.
A última erupção criou uma coluna irruptiva tão grande que cobriu cerca de 60% do território atual dos EUA com cinzas. Se tal explosão voltar a acontecer, primeiro o parque de Yellowstone se elevará um pouco. As fontes de águas termais vão aquecer rapidamente a temperaturas superiores à ebulição, existindo a chance de se tornarem extremamente ácidas.
Além do mais, registrar-se-ia uma série de terremotos no centro da caldeira, impulsionando uma chuva de lava e cinza que alcançaria 25 quilômetros acima do nível do mar.
A cinza e a lava poderiam atingir velocidade de 482 km/h e exceder a temperatura de 1.000°C. Se chover muito depois da erupção, os fluxos de material piroclástico e os depósitos de cinza se misturariam, convertendo-se em lodos de cimento.
Poland indica que, ao respirar o ar liberado pela erupção, os pulmões seriam rasgados. Além disso, milhares de lugares se tornariam inabitáveis. É extremamente difícil avaliar o número de vítimas.
Em nível global, a erupção poderia levar ao aumento da temperatura e formação de ciclones tropicais por muito tempo.
A agricultura seria afetada também pelo fenômeno natural, sem contar na distribuição de alimentos. O vulcanologista Michael Poland se mostra pessimista no que diz respeito ao dano econômico gravíssimo que seria causado pela erupção.
Contudo, Poland acredita que a erupção não levaria ao fim do mundo.