Nesta semana já foram reparados 16 morteiros do primeiro grupo. Além disso, vão ser restaurados outros canhões de grande calibre, os 2S7 Pion de calibre 203 mm.
Velha escola
Vale destacar que o primeiro protótipo do Tyulpan conseguiu fazer apenas dois disparos e quebrou por causa da onda dinâmica monstruosa. No entanto, após ser modificado, o morteiro gigante foi aceito em serviço e colocado em produção. Agora, a Rússia possui 500 morteiros deste tipo, tanto em serviço como em reserva.
"Apesar destes sistemas serem bastante antigos, ainda hoje não há concorrentes que possam superar seu poder de fogo", contou à Sputnik um representante da indústria de defesa russa. Segundo ele, após modernização, os Tyulpan receberão novos aparelhos de pontaria, estações de rádio e equipamento de navegação.
O calibre do Tyulpan não tem análogos no mundo. Uma granada lançada por ele pode furar uma estrutura de concreto feita de pavimentos de um edifício de 12 andares ou o teto de um hangar reforçado. O alcance é de até 9 quilômetros. Entres os projéteis que pode disparar o Tyulpan há os de alto poder explosivo contra infantaria e estruturas, granadas ativas a reação, com um alcance que pode ser aumentado até 20 quilômetros, e munições originais guiadas Smelchak com pontaria exterior.
Apesar do Tyulpan ser uma arma universal, convém mais usá-lo contra as baterias de mísseis ou de artilharia fortificadas, bunkers, postos de comando subterrâneos e outros objetivos inimigos invulneráveis à artilharia comum.
Por causa disso, o antigo morteiro soviético pode ser classificado como uma potente arma nuclear tática, pois um disparo nuclear é capaz de eliminar uma unidade com dimensão de brigada.
Canhão nuclear
Os Pion também estão sendo reparados a pedido do Ministério da Defesa russo e, segundo os construtores, "ficarão mesmo como novos".
O Pion foi projetado para atacar a retaguarda do inimigo, realizar bombardeamentos maciços de objetivos de importância especial, entre outras tarefas. A cadência de tiro da versão modernizada atinge 2,5 tiros por minuto. Pode parecer uma velocidade baixa, mas para a artilharia de calibre tão grande é mais do que suficiente.
É de ressaltar que o exército soviético nunca utilizou os Pion em condições de combate.
Além dos Tyulpan e Pion, o exército russo tem em serviço vários sistemas de artilharia de calibres diferentes, desde morteiros de calibre 82 mm até obuses de 152 milímetros.
Até 2020, planeja-se equipar o exército com o novo canhão autopropulsado Koalitsia-SV que poderá realiza díspar munições guiadas via GLONASS.