Contudo, nesta quarta-feira (15), o exército em um comunicado transmitido pela televisão, informou que não se tratou da "tomada do poder pelos militares", e que o presidente está "são e salvo".
Na quarta-feira (15), o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, afirmou ter sido contatado por Mugabe, e confirmou sobre estar confinado dentro dos limites de sua casa, mas frisou que "estava bem".
Mais tarde no mesmo dia, a União Africana declarou que a crise no Zimbábue "parece um golpe" e apelou ao respeito da constituição do país. De acordo com Alpha Conde, chefe da organização e presidente de Guiné, a União Africana considera as ações dos militares do Zimbábue como "claramente os militares estão tentando assumir o poder pela força".
Segundo a edição The Independent, mesmo se os militares do país tomarem o poder, isto dificilmente pode levar o país à transição democrática. Jeffrey Smith, diretor executivo da organização pró-democrata e não lucrativa Vanguard Africa, contou à edição que "os militares são o impedimento principal da transição democrática no país” e que a transição verdadeira exigirá que eles entrem em um "diálogo genuíno com a sociedade civil e a oposição política".
No início de novembro, Mugabe demitiu Mnangagwa, primeiro vice-presidente do Zimbábue, que contava com o apoio do exército. Na segunda-feira (13), Constantine Chiwenga, comandante das Forças Armadas do Zimbábue, apelou ao presidente que parasse com depurações dentro do partido dominante do Zimbábue.
Na quinta-feira (16), também foi relatado que Morgan Tsvangirai, líder da oposição e ex-premiê do país, voltou ao Zimbábue em meio à crise de liderança.