"Durante a inspeção habitual do litoral foi encontrado o esqueleto de uma vaca-marinha-de-steller. Estavam visíveis algumas costelas e, sob a camada de seixos e areia, a 70 centímetros de profundidade, estava o esqueleto completo", declarou Gudkov.
Segundo ele, os funcionários da reserva natural organizaram uma expedição para escavar e recuperar o esqueleto. Os trabalhos duraram quatro horas e neles estiveram envolvidas oito pessoas. Em resultado, conseguiu-se extrair o esqueleto completamente. Todos os ossos foram limpos e marcados para futura montagem.
"O esqueleto descoberto consiste de 45 vértebras, 27 costelas, omoplata, ossos do ombro e antebraço esquerdos, algumas partes dos ossos do membro dianteiro. No esqueleto descoberto faltava o crânio, uma secção da coluna vertebral do pescoço, algumas vértebras caudais, a parte direita do cinto dos membros dianteiros, tal como as falanges do membro posterior esquerdo", precisou o representante do Ministério.
O comprimento do esqueleto é de 5,2 metros. É provável que o comprimento total do animal, junto com as partes ausentes, fosse igual ou até superasse os 6 metros. Para Gudkov, essa descoberta é muito importante para a ciência em geral e para a reserva natural em particular.
A vaca-marinha-de-steller é um animal de grande porte, em média com dez metros de comprimento e mais de cinco toneladas de peso. Estes animais tinham um estilo de vida costeiro, comiam algas marítimas e alface-do-mar. O único cientista que viu o animal pessoalmente e o descreveu, foi Georg Steller, cujo nome foi dado ao mamífero. Infelizmente, a vaca-marinha foi extinta 27 anos após a sua descoberta.