O cientista parte do conceito de buracos de minhoca, também conhecidos como a ponte de Einstein-Rosen, que são passagens através do espaço-tempo. No universo, no tecido do espaço-tempo existem minúsculas flutuações quânticas, explicou ele, incluindo flutuações de energia em direções "positivas" e "negativas".
"Uma flutuação de energia positiva muito forte e densa criaria um espaço curvo de uma forma particular, enquanto uma forte flutuação de energia negativa curvaria o espaço exatamente da forma oposta", assinalou Siegel. "Se conectarmos essas duas áreas de curvatura, poderíamos alcançar — por um breve momento — a noção de um buraco de minhoca quântico".
O especialista explicou que, se nós criarmos um buraco negro supermassivo e sua contrapartida de massa hipotética ou energia negativa (que ainda não foi descoberta), ao conectá-los, poderemos criar também um buraco de minhoca transitável. E é aí que o conceito de dilatação do tempo entra em jogo: quanto maior for o movimento através do espaço, menor será o movimento através do tempo.
"Se 40 anos atrás, alguém tivesse criado um par de buracos de minhoca e os tivesse lançado a essa viagem, hoje, em 2017, seria possível entrar em um deles e sair em outro no passado, em 1978."
No entanto, o problema é que não poderemos regressar do passado ao presente, conclui Ethan Siegel.