A administração Trump tenta alterar o "seriamente afetado" Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares que a Rússia "tem violado durante os últimos anos". Segundo afirmou o observador Josh Rogin no seu artigo para o The Washington Post, os EUA sabiam desde 2012 que a Rússia "estava violando" o tratado que proíbe a criação de mísseis ou lança-mísseis com o alcance operacional de 500 a 5,5 mil quilômetros.
Os republicanos exortaram o Congresso a responder aos russos. Por isso, durante uma reunião no ano passado, responsáveis dos EUA exigiram que os colegas russos reconhecessem o desenvolvimento de mísseis proibidos, mas eles negaram as acusações. Em fevereiro, o serviço de inteligência dos EUA chegou à conclusão de que Moscou avançou mais nesta direção e instalou mísseis "que ameaçam a maior parte da Europa".
"Sabemos que a Rússia não observa o TNP. Queremos que eles permaneçam no tratado. Sou contra a escalação deste conflito ao desenvolver algo que pode ser utilizado durante o conflito. Por isso não estou certo que isso nos ajude", afirmou o senador dos EUA Ben Cardin sobre o assunto.
O projeto da Lei sobre a Política de Defesa, que deve ser aprovado pelo Congresso, vai incluir gastos de 58 milhões de dólares para "conter as violações russas do tratado". Entre outros, o dinheiro vai ser utilizado para o desenvolvimento de um novo míssil terrestre.
Ao mesmo tempo, segundo o observador, o desenvolvimento planejado não significa que os EUA violem o tratado, porque tal só aconteceria se o míssil fosse produzido.