Cientista político: Kiev quer colocar 'tropas ocupantes' em Donbass e não pacificadores

© AP Photo / Ariel Schalit Pacificadores da ONU, foto de arquivo
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A Ucrânia vai apresentar ao Conselho de Segurança da ONU seu projeto da resolução sobre uma força de paz, apenas se ele tiver chances de ser aprovado, afirmou o representante ucraniano na ONU, Vladimir Elchenko.

Mais cedo, o chanceler ucraniano, Pavel Klimkin, declarou que a Ucrânia, EUA, Alemanha e França elaboraram praticamente um projeto de resolução da ONU sobre tropas pacificadoras em Donbass. Segundo informações do The Wall Street Journal, Washington pretende apresentar plano para a colocação no leste da Ucrânia de 20.000 pacificadores internacionais.

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No entanto, segundo afirma Elchenko, o principal obstáculo é o lugar da sua colocação, porque Kiev quer ver pacificadores em todo o território de Donbass, enquanto Moscou os vê apenas na linha de separação. Este ponto é a principal divergência entre Rússia e EUA, mas há outras, destacou Elchenko.

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou anteriormente que apoia a ideia do envio de pacificadores à Ucrânia, mas, de acordo com ele, apenas é possível discutir sua permanência na linha de separação.

O cientista político Vasily Stoyakin comenta a declaração da parte ucraniana para o serviço russo da Rádio Sputnik.

"O projeto ucraniano pressupõe que elas serão praticamente tropas de ocupação que vão realizar funções policiais e vão ‘desarmar as formações armadas ilegais', bem como vão guardar fronteira russo-ucraniana que atualmente não é controlada por Kiev. Não acredito que a Rússia vote a favor de tal projeto. A situação está em um impasse", diz Stoyakin.

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O representante americano para a Ucrânia, Kurt Volker, e o assessor do presidente russo, Vladislav Surkov, realizaram seu terceiro encontro em 13 de novembro, em Belgrado, durante o qual discutiram a regulação da situação em Donbass.

Em abril de 2014, a Ucrânia iniciou uma operação militar nas províncias orientais de Donetsk e Lugansk, onde foram proclamadas repúblicas populares em resposta ao violento golpe de Estado que ocorreu em Kiev em fevereiro do mesmo ano. Segundo estimativas da ONU, desde o início da crise, as hostilidades resultaram em mais de 10 mil mortos.

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