Em nota divulgada nesta terça-feira, o Mapa informou que técnicos do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) se comunicaram, por meio de videoconferência, com integrantes do Rosselkhoznadzor para tratar da presença de ractopamina, estimulante utilizado no crescimento da massa muscular nos animais, na carne suína brasileira exportada para a Rússia. Segundo o Dipoa, o Brasil utiliza o sistema de segregação de suínos para a exportação de carne para Rússia, o que impossibilitaria a detecção de ractopamina conforme informação prestada pelo serviço de vigilância russo.
"Diante das informações prestadas pelo Rosselkhoznadzor, o Mapa solicitou o envio dos certificados do serviço de inspeção e os respetivos laudos laboratoriais indicando a presença do estimulante de crescimento para que possa fazer uma investigação interna e, consequentemente, as correções necessárias em casso positivo" diz a nota do ministério. "Os documentos foram entregues à Embaixada Brasileira em Moscou e estão sendo traduzidos e enviados para o Brasil até amanhã".
Ainda de acordo com o Mapa, até o momento, o governo russo não forneceu qualquer notificação de suspensão de compra das carnes bovina e suína brasileira, "apenas a notificação sobre a presença de ractopamina".