O maior medo de Israel: uma corrida armamentista desencadeada pelos EUA

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O fornecimento dos aviões norte-americanos F-35 a outros países do Golfo, além de Israel, pode desencadear uma corrida armamentista perigosa no Oriente Médio, opinou Shimon Arad, colunista do jornal norte-americano The National Interest.

De acordo com o autor do artigo, na época de Obama, os EUA adiaram a questão sobre as entregas dos F-35 aos EAU.

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Agora, no entanto, parece que a administração de Trump está ativamente considerando a probabilidade de vendas de seu caça aos Emirados Árabes Unidos. Segundo o jornalista, o general da Força Aérea dos Estados Unidos Stephen Wilson confirmou recentemente que o Departamento da Defesa iniciou negociações preliminares com os EAU a este respeito.

Enquanto a decisão final sobre a entrega ainda está longe de ser tomada, o surgimento de informações sobre ela pode significar o primeiro passo para a sua aprovação.

Embora Israel não tenha feito nenhuns comentários públicos, um artigo publicado no jornal Defense News, escrito por Barbara Opall-Roma, cita uma fonte afirmando que "é pouco provável que Israel se oponha caso as etapas iniciais sejam limitadas apenas aos Emirados Árabes Unidos e não levem a uma aprovação mais ampla para outros estados da região".

Contudo, Shimon Arad assegura que a venda de caças F-35 poderia não se limitar apenas aos EAU.

"Este tipo de acordo se transformará em um precedente para que outros estados do Golfo exijam obter os F-35. Como os EUA poderiam recusar uma futura solicitação saudita para os F-35 uma vez que já teriam sido vendidos aos Emirados Árabes Unidos?", faz o jornalista uma pergunta retórica.

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De acordo com Arad, os acordos anteriores sobre material bélico com os países do Golfo demonstram que quando "se cruzam os limiares, por exemplo, as vendas de caças avançados da quarta geração ou de munições de precisão de longo alcance, a proliferação de armas na região é ampla e rápida".

Por outro lado, se assegura que mesmo com a venda de caças F-35 aos EAU, Israel manteria uma certa superioridade com sua experiência de usar os caças e com seus aviões ligeiramente mais avançados que os vendidos aos países do Golfo.

"Na realidade, a venda dos F-35 aos países do Golfo seria uma mudança fundamental do jogo militar. Combinada com aviões avançados de quarta geração e dezenas de milhares de munições sofisticadas, anularia a superioridade da Força Aérea de Israel", prevê Shimon Arad.

Finalmente, o autor enfatiza que os países do Golfo têm uma alternativa russa para desenvolver um caça de quinta geração.

Shimon Arad conclui que "a venda dos F-35 aos Emirados Árabes Unidos constituirá um precedente perigoso que levaria a novas entregas a outros países do Golfo e prejudicaria gravemente a superioridade militar qualitativa de Israel".

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