De acordo com o autor do artigo, na época de Obama, os EUA adiaram a questão sobre as entregas dos F-35 aos EAU.
Enquanto a decisão final sobre a entrega ainda está longe de ser tomada, o surgimento de informações sobre ela pode significar o primeiro passo para a sua aprovação.
Embora Israel não tenha feito nenhuns comentários públicos, um artigo publicado no jornal Defense News, escrito por Barbara Opall-Roma, cita uma fonte afirmando que "é pouco provável que Israel se oponha caso as etapas iniciais sejam limitadas apenas aos Emirados Árabes Unidos e não levem a uma aprovação mais ampla para outros estados da região".
Contudo, Shimon Arad assegura que a venda de caças F-35 poderia não se limitar apenas aos EAU.
"Este tipo de acordo se transformará em um precedente para que outros estados do Golfo exijam obter os F-35. Como os EUA poderiam recusar uma futura solicitação saudita para os F-35 uma vez que já teriam sido vendidos aos Emirados Árabes Unidos?", faz o jornalista uma pergunta retórica.
Por outro lado, se assegura que mesmo com a venda de caças F-35 aos EAU, Israel manteria uma certa superioridade com sua experiência de usar os caças e com seus aviões ligeiramente mais avançados que os vendidos aos países do Golfo.
"Na realidade, a venda dos F-35 aos países do Golfo seria uma mudança fundamental do jogo militar. Combinada com aviões avançados de quarta geração e dezenas de milhares de munições sofisticadas, anularia a superioridade da Força Aérea de Israel", prevê Shimon Arad.
Finalmente, o autor enfatiza que os países do Golfo têm uma alternativa russa para desenvolver um caça de quinta geração.
Shimon Arad conclui que "a venda dos F-35 aos Emirados Árabes Unidos constituirá um precedente perigoso que levaria a novas entregas a outros países do Golfo e prejudicaria gravemente a superioridade militar qualitativa de Israel".