De acordo com Sivkov, a resposta russa pode incluir a instalação de portadores de armas nucleares não tradicionais e a criação de ogivas de alta potência, informa o Rossiyskaya Gazeta, lembrando que o Congresso dos EUA concedeu 58 milhões de dólares para o desenvolvimento do novo míssil de médio alcance, o que viola o Tratado INF.
"Após o término do Tratado, retiram-se as restrições aos mísseis de cruzeiro estratégicos terrestres. A Rússia possui o KP X-101 aéreo da primeira classe[…]X-101 tem o sósia nuclear X-102. A versão terrestre baseada no X-101 é desenvolvida muito rapidamente. É perfeitamente possível estabelecer a produção de lança-misseis", acha o analista militar russo Sivkov.
O lançador com 4 mísseis pode ser instalado em um caminhão, em uma plataforma rodoviária ou marítima. O jornal russo acrescenta que os portadores de ogivas termonucleares não tradicionais não se sujeitam às exigências de controle centralizado das forças nucleares estratégicas. Por isso, um ataque preventivo que tem como objetivo destruir os postos de controle, não pode impedir o lançamento de centenas de mísseis que ficam ao longo do território da Rússia.
"A utilização de tal projétil pode iniciar processos geofísicos catastróficos no território dos EUA, como, por exemplo, a erupção do vulcão Yellowstone", afirmou o analista.
O portador de ogivas superpotentes pode se tornar, de acordo com ele, um míssil balístico pesado Sarmat, que pode carregar um projétil de até 10 toneladas de carga útil para qualquer ponto do planeta, ultrapassando os sistemas da defesa antimíssil. Segundo ele, outra resposta à saída do Tratado INF será o reinício de projetos soviéticos revolucionários como, por exemplo, o míssil invisível Kurier.