Segundo a democrata, os dois mandatos seguidos de Obama – em 2008 e 2012 – pesaram desfavoravelmente, permitindo a vitória do seu adversário, o republicano Donald Trump, atual morador da Casa Branca.
"É a verdade absoluta", disse Clinton em uma conversa por telefone ao programa de televisão The Hugh Hewitt Show.
"O vento da história sopra no rosto para todos aqueles que estão correndo para se tornar o sucessor do presidente pelo mesmo partido que está no poder por dois mandatos. Isso afeta não só para a campanha, e é um verdadeiro desafio. Isso é muito diferente do que era antes", avaliou.
Hillary ainda abordou a complexidade da corrida presidencial que ela teve de lidar no ano passado.
"Se você defender as disposições e os acordos com a Administração anterior, tentando impulsionar sua própria mudança de plano, a segunda parte é muitas vezes extremamente difícil de alcançar. O problema está, penso eu, nisso", continuou a candidata democrata.
Hillary lançou neste ano um livro intitulado O Que Aconteceu (What Happened, em inglês), no qual discorre sobre quais teriam sido todas as dificuldades, acertos e erros, que fizeram com que ela acabasse derrotada nas urnas por Trump.
Anteriormente, Hillary afirmou que a Rússia e o presidente do país, Vladimir Putin, não queriam que ela fosse eleita – o que teria justificado a suposta influência russa nas eleições dos EUA, o que Moscou negou em várias ocasiões.
"Há muitas razões para os democratas e os republicanos, para os cidadãos americanos em geral, querem chegar ao fundo do que a Rússia nos fez. Eu acho que foi um ataque de um adversário que usou meios cibernéticos para minar nossa democracia. E é a primeira vez que lembro que um adversário nos atacou com poucas consequências", completou.
Já Trump ironizou Hillary em mais de uma oportunidade, acusando a adversária de acusar a todos pela sua derrota, tendo ainda "perdido o rumo" com tais acusações.