Mas a Coreia do Norte não lançou nem um míssil desde 15 de setembro, quando um projétil sobrevoou o Japão e caiu no oceano. O enviado especial dos EUA para a Coreia do Norte, Joseph Yun, especulou que uma interrupção nos testes durante tanto tempo pode ser um sinal de que Pyongyang já estaria pronto para começar as negociações sobre seu programa nuclear. Não obstante, os especialistas têm outras teorias sobre o caso, de acordo com o portal Vox.
"Não haveria melhor momento para a Coreia do Norte testar um míssil balístico intercontinental mais temível, uma grande bomba de hidrogênio, ou mesmo tentar lançar um ataque cibernético contra os Jogos Olímpicos", cita o jornalista o especialista em segurança da Ásia, Harry Kazianis.
"Tudo isto é apenas a calma antes da tempestade", concluiu.
Muitos especialistas, por sua vez, creem que a pausa atual provavelmente não vai durar muito.
Ward diz também que os lançamentos de mísseis exigem bom tempo. Às vezes, até mesmo a NASA atrasa o lançamento de foguetes devido a tempestades.
Ao mesmo tempo, a época da safra na Coreia do Norte é levada a cabo durante os últimos três meses do ano. Em vez de preparar lançamentos de mísseis, as tropas de Kim Jong-un viajam para as áreas rurais para realizar tarefas agrícolas, de acordo com Jeffrey Lewis, um especialista em programa de mísseis da Coreia do Norte no Instituto Middlebury de Estudos Internacionais.
A distribuição de culturas colhidas em todo o país, por sua parte, não só requer mão-de-obra, mas também combustível, o mesmo que Pyongyang usa para impulsionar os seus mísseis. Mas a Coreia do Norte tem um suprimento de combustível limitado, provavelmente devido às duras sanções impostas por EUA, China e Europa. Assim que, chegando o inverno, não seria de estranhar que Pyongyang priorizasse o transporte de alimentos sobre os lançamentos de mísseis.