Moro não especificou a natureza desses ataques, mas enfatizou que ele está "absolutamente calmo" sobre seu trabalho e que ele não fica chateado com as mentiras que vêm sendo espalhadas sobre ele, afirmou em um seminário promovido pela revista Veja.
O magistrado foi quem condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a nove anos e meio de prisão pelo crime de corrupção passiva.
Uma boa parte da esquerda brasileira – incluindo Lula – o acusa de uma falta de imparcialidade e de uma perseguição particular contra o petista, por ter supostamente condenado o ex-presidente sem evidências contundentes.
Com a condenação de Lula, Moro disse que confiava nos juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a quem ele definiu como "sério, técnico e competente".
Este tribunal deve decidir nos próximos meses se ratifica ou não a sentença de Moro. Se assim for, Lula poderia acabar na prisão sem poder se candidatar para voltar ao Palácio do Planalto nas eleições presidenciais de 2018.
O juiz Moro também lamentou que no Brasil há "corrupção sistêmica", mas, ao mesmo tempo, congratulou-se com o fato de que a Operação Lava Jato ter acabado com o clima de impunidade que prevalecia até então.
Ele também reiterou que ele não dará o salto à política, apresentando-se como candidato nas eleições de 2018, um rumor que há presente há muitos meses e que ele sempre negou.