Formada em 2015 pelo então vice-príncipe herdeiro e ministro da Defesa da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, a AMI até agora tem funcionado apenas formalmente. Agora, o príncipe herdeiro quer levá-la ao próximo nível ao declarar guerra total ao terrorismo durante a cúpula da AMI no domingo (26).
Ao abrir a sessão, ele notou que "no passado, o terrorismo tem funcionado em todos os países árabes… isso acaba hoje, com esta aliança".
Oficialmente, a aliança é constituída por 41 países membros e não inclui quaisquer países onde dominam governos xiitas, tais como o Irã, Iraque ou Síria. Graças ao bloqueio econômico e diplomático do Qatar, que em junho foi acusado pela Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein de propaganda do terrorismo, a delegação de Doha também não esteve presente na cúpula em Riad.
O general aposentado paquistanês Raheel Sharif foi nomeado comandante-em-chefe para encabeçar a luta contra os radicais extremistas que continuam a "manchar" o Islã.
Embora o general Sharif não tenha nomeado nenhum inimigo particular da aliança, recentemente o Irã foi chamado por Riad de "estado número um patrocinador do terrorismo".
Na semana passada, o príncipe herdeiro até chamou o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, de "novo Hitler do Oriente Médio" na sequência do lançamento de um míssil iemenita contra um aeroporto saudita.
No final da cúpula, os países acordaram em coordenar e integrar seus esforços militares, bem como compartilhar dados de inteligência e efetuar exercícios conjuntos. A participação militar dos estados da coalizão, contudo, vai depender das capacidades e recursos de cada país e do seu desejo de participar em determinadas operações militares.
Também foi anunciada a criação de um centro de operações conjuntas em Riad.