A decisão de criar uma unidade feminina no grupo Alfa foi tomada na URSS depois de experiências similares bem-sucedidas em outros países. Olga Spiridonova foi uma das primeiras mulheres que integraram esse grupo.
"Devíamos demonstrar constantemente que não éramos inferiores em nada e às vezes até estávamos melhor preparadas", disse Spiridonova em sua entrevista ao canal de televisão russo Zvezda.
Cada agente do Alfa devia mostrar uma excelente preparação física e de tiro, além de dominar as técnicas de combate corpo a corpo. Segundo Spiridonova, a maior parte das jovens era proveniente da Força Aérea. Além disso, elas tinham feito instrução em enfermagem e primeiros socorros, técnicas de negociação, idiomas e tinham mais horas de voo que os homens.
A ex-Alfa revelou que a unidade feminina participava frequentemente de provas não programadas de segurança antiterrorista de diversas instalações, incluindo usinas nucleares. "Onde um homem chamaria a atenção, uma mulher podia passar despercebida", explicou Olga.
"Se [as combatentes do Alfa] sentem que devem cumprir seu dever, deixam tudo para trás. Assim aconteceu em Beslan. Minhas colegas, apesar de terem suas próprias famílias, filhos, deixaram tudo e se lançaram para salvar as pessoas", declarou ela.
Em Beslan, Irina Lobakova retirou sobre seus ombros mais de uma dezena de pessoas do local. Quando voltou ao quartel, seus colegas pensaram que teria sido gravemente ferida, porque estava totalmente coberta de sangue das vítimas dos terroristas.
Os méritos das combatentes que servem nas unidades antiterroristas do FSB foram destacados com numerosas condecorações. Olga Spiridonova sublinhou que as mulheres são um elemento altamente necessário nas forças especiais.