Em janeiro de 2016, Morales levou a decisão sobre uma possível nova candidatura para um plebiscito. Na ocasião, 51% dos bolivianos negaram a possibilidade de disputar uma nova eleição.
No poder desde 2006, Morales convocou uma Constituinte que aprovou a possibilidade reeleição. Já em 2010, foi reeleito com 64% dos votos. Conseguiu concorrer de novo em 2014 após a Justiça interpretar que as novas regras são válidas apenas para mandatos posteriores à nova Constituição e que, portanto, estaria em seu primeiro mandato. Venceu novamente.
A decisão do Tribunal Constitucional foi comemorada por sindicatos e partidos favoráveis ao presidente, mas também foi alvo de críticas.
Os ex-vice-presidentes da Bolívia Jorge Quiroga (2001-2002) e Carlos Mesa (2003-2005) afirmaram que a democracia do país sofreu um "golpe" com a decisão da Justiça. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, também fez críticas ao processo.
Caso Morales vença as próximas eleições, previstas para 2019, ele ficará até 2025 no poder, completando um total de 19 anos como presidente.