"Até a presente data, com base nas informações disponíveis, [a coalizão] avalia que pelo menos 801 civis foram mortos involuntariamente por ataques da coalizão desde o início da Operação Inherente Resolve [em 2014]," disse a Força Tarefa Operacional Combinada Inherente Resolve (CJTF-OIR) em uma declaração nesta quinta-feira.
CJTF-OIR Monthly Civilian Casualty Reporthttps://t.co/fTBmCIDGEv
— Inherent Resolve (@CJTFOIR) 30 de novembro de 2017
A coalizão disse que, apesar dos "êxitos significativos" contra o Daesh, "o combate tomou um impacto nas populações que sofrem sob os extremistas militantes".
"Continuamos a responsabilizar-nos por ações que possam ter causado ferimentos involuntários ou morte a civis", diz o relatório.
De acordo com o documento, as forças lideradas pelos EUA no Iraque e na Síria realizaram "um total de 28.198 ataques que incluíram 56.976 operações separadas entre agosto de 2014 e outubro de 2017 [...]. Durante este período, o número total de relatos de possíveis vítimas civis foi de 1.790", aciona.
Em junho, a Anistia Internacional divulgou um relatório, criticando a ação da coalizão dos EUA em Mosul, no Iraque.
"A qualquer custo: a catástrofe civil no oeste de Mosul, no Iraque", diz o documento ao afirmar que, além dos ataques do Daesh, os civis sofrem de "implacáveis ataques ilegais das forças do governo iraquiano e dos membros da coalizão liderada pelos EUA", e que pelo menos 5.805 civis foram mortos pelos ataques dos EUA e do Iraque.
Em setembro, a Human Rights Watch (HRW), que também monitora as ações da coalizão dos EUA, disse que os ataques que mataram civis na Síria "infligiram o medo e empurraram muitos para a rota de fuga".
"Embora os militantes do Daesh também estivessem nesses locais, o alto número de mortos civis suscita preocupações de que militares as forças da coalizão liderada pelos EUA não tomaram as precauções necessárias para evitar e minimizar as baixas civis, um requisito de acordo com o direito internacional humanitário", disse HRW.