O chanceler mexicano, Luis Videgara, ao se encontrar com o presidente Temer e o chanceler Aloysio Nunes, manifestou a vontade que Brasil e México intensificassem o intercâmbio comercial.
"Quando chegou Trump, isto foi questionado imediatamente, porque ele acusa México de tomar vantagem do NAFTA, o que é falso. Mas foi bom, para que o México descobrisse que se identifica mais com o resto da América Latina do que com os EUA", acrescentou.
Carrasco lembrou que este ano foram realizados vários encontros entre o México e o Brasil, o que, segundo o analista, é muito importante, pois há uma relação histórica entre os dois países. Levando em consideração a "impopularidade muito grande, tanto de Temer no Brasil como de Peña Nieto no México", esses países têm que cooperar mais amplamente.
"O Brasil, como membro do BRICS, pode aproximar a economia mexicana a todo o projeto euroasiático, que é onde se vai jogar a recuperação econômica global. Daí a importância de aproximar a Aliança do Pacífico com o Mercosul", disse Carrasco.
Segundo Carrasco, tudo isso tem uma "geometria muito clara" em termos da busca de relações com a região euroasiática, especialmente, por exemplo, com a Rússia, que propôs mesmo ao México uma aliança.