Os autores da pesquisa conseguiram reunir em um só dispositivo todas as vantagens de diferentes métodos de medição em nanoescala. Trata-se de microespectroscopia com sonda de varredura (análise de superfície e de parâmetros físicos do objeto), microespectroscopia ótica (mapeamento químico e medição das particularidades óticas) e também nanotomografia (visualização 3D exata da estrutura interna do objeto com base em várias imagens radiográficas). Além da obtenção de imagens 3D em alta qualidade de áreas do material em dimensões nanométricas, tal combinação de métodos permite ao mesmo tempo registrar nestas áreas a distribuição espacial das suas propriedades mecânicas, elétricas, óticas e químicas (como a elasticidade, a condutividade e a magnetização).
Os cientistas testaram com êxito a sua inovação durante uma pesquisa complexa de microesferas polímeras com marcadores fluorescentes, usadas hoje em dia no diagnóstico imunológico, tanto para detecção de marcadores de diferentes doenças com base em um leque de parâmetros, como na medicina personalizada para detecção de eventos raros como células circulantes de câncer e micrometástases.
A inovação pode ser usada para análise complexa de amostras de tecidos biológicos. Além disso, ela abre novas possibilidades na área do controle de qualidade na criação de nanomateriais sem defeitos, de sistemas de transportação precisa com o uso de “contêineres” em nanoescala, e também para resolver problemas de nanossegurança e tarefas de detecção de penetração por nanopartículas de órgãos e tecidos de organismos vivos.