Cientistas russos criam microscópio capaz de 'ver' tanto exterior, como interior de objeto

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Médico com uma siringa. Foto de arquivo - Sputnik Brasil
Inovação russa: novo ramo de nanomedicina introduz micropartículas que curam doenças
Investigadores do Laboratório da Nanobioengenharia do Instituto de Biomedicina Física e de Engenharia, em conjunto com os seus colegas do Centro Nacional de Transplantologia Médica e Órgãos Artificiais Acadêmico V.I. Shumakov, Instituto de Biomedicina da Academia das Ciências da Rússia, Instituto Técnico-Físico de Moscou, empresa Snotra e Universidade Rheims Champagne-Ardenne (França), sugeriram um método original para análise 3D de materiais. O método já foi testado com êxito em um equipamento inovador de produção própria. O artigo sobre a pesquisa realizada foi publicado na revista Ultramicroscopy.

Os autores da pesquisa conseguiram reunir em um só dispositivo todas as vantagens de diferentes métodos de medição em nanoescala. Trata-se de microespectroscopia com sonda de varredura (análise de superfície e de parâmetros físicos do objeto), microespectroscopia ótica (mapeamento químico e medição das particularidades óticas) e também nanotomografia (visualização 3D exata da estrutura interna do objeto com base em várias imagens radiográficas). Além da obtenção de imagens 3D em alta qualidade de áreas do material em dimensões nanométricas, tal combinação de métodos permite ao mesmo tempo registrar nestas áreas a distribuição espacial das suas propriedades mecânicas, elétricas, óticas e químicas (como a elasticidade, a condutividade e a magnetização).

Os cientistas testaram com êxito a sua inovação durante uma pesquisa complexa de microesferas polímeras com marcadores fluorescentes, usadas hoje em dia no diagnóstico imunológico, tanto para detecção de marcadores de diferentes doenças com base em um leque de parâmetros, como na medicina personalizada para detecção de eventos raros como células circulantes de câncer e micrometástases.

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Nota o pesquisador sênior do Laboratório da Nanobioengenharia do Instituto de Biomedicina Física e de Engenharia da MEPhI, professor Igor Nabiev: "Este método instrumental conserva todas as vantagens da microscopia de varredura e da microscopia ótica, permitindo obter uma característica 3D de vários parâmetros combinando com eficiência ambas as metodologias. Os resultados da pesquisa podem ser usados para transformação dos dados de análises obtidos com a maioria dos métodos de nanoscopia ótica de sonda, realizada com dispositivos atuais de alta resolução do formato 2D para o formato 3D".

A inovação pode ser usada para análise complexa de amostras de tecidos biológicos. Além disso, ela abre novas possibilidades na área do controle de qualidade na criação de nanomateriais sem defeitos, de sistemas de transportação precisa com o uso de “contêineres” em nanoescala, e também para resolver problemas de nanossegurança e tarefas de detecção de penetração por nanopartículas de órgãos e tecidos de organismos vivos.

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