As ilhas de Paramushir e Matua fazem parte do arquipélago das ilhas Curilas. Em 2018 começará a ser construída uma base militar nestas ilhas. Segundo disse ao Izvestia uma fonte no Estado-Maior da Marinha russa, as unidades de técnicos e engenheiros já estão trabalhando no lugar para realizar os cálculos preliminares.
Os sistemas costeiros Bastion (bastião, em russo) estão equipados com mísseis supersônicos antinavio 3M55 Oniks que têm um alcance máximo de 600 quilômetros. Caso sejam implantados na ilha de Matua, estes complexos serão capazes de alcançar qualquer alvo na zona do arquipélago.
Quanto aos sistemas Bal, que possuem um alcance de 120 quilômetros, estes assegurarão a segurança das bases da Marinha em caso de tentativa de desembarque naval em Matua ou Paramushir.
Segundo explicou ao jornal o analista militar Aleksandr Mozgovoi, as novas bases privarão os porta-aviões norte-americanos do acesso ao mar de Okhotsk e à costa de Primorie.
"Os japoneses foram os primeiros a entender a importância estratégica das ilhas. Durante a Segunda Guerra Mundial, eles tinham em Paramushir e Matua suas bases militares e aeródromos", afirmou o especialista, acrescentando que a instalação de mísseis russos "parece lógica se tivermos em conta a atual situação internacional".
O sistema de mísseis costeiro Bal (baile, em russo) entrou em serviço da Marinha russa em 2008. Foi desenhado para controlar os estreitos e águas territoriais, bases navais e outras instalações costeiras, assim como o litoral em zonas de possível desembarque inimigo. O Bal é capaz de realizar disparos individuais ou simultâneos de até 32 mísseis com intervalos de apenas três segundos. A recarga do sistema dura entre 30 e 40 minutos.
Os sistemas de longo alcance Bastion, por sua vez, entraram em serviço em 2010, tendo por objetivo proteger a linha costeira. Os mísseis supersônicos do sistema Bastion conseguem evitar os sistemas de defesa antimíssil e são destinados a destruir grandes navios militares do adversário.