EUA usam sanções para separar empresários e Putin antes das eleições, diz Peskov

© Sputnik / Aleksei DruzhininPresidente rússo, Vladimir Putin, duranta coletiva de imprensa conjunta com Sergio Mattarella, presidente da Itália
Presidente rússo, Vladimir Putin, duranta coletiva de imprensa conjunta com Sergio Mattarella, presidente da Itália - Sputnik Brasil
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A ameaça de sanções é uma ferramenta que Washington utiliza para dividir os grandes negócios da Rússia e o presidente Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Ele apontou que o momento de tais medidas coincide com as próximas eleições presidenciais russas de 2018.

Peskov respondeu às perguntas que lhe foram enviadas por uma agência de notícias internacional. Ele não mencionou a mídia, mas depois revelou que eles foram a fonte das perguntas. Entre outras coisas, a agência queria saber se Moscou concordava com a noção de que os EUA estavam usando sanções para colocar partidários de Putin entre os principais empresários russos contra o presidente.

"Temos certeza de que este é o caso", disse Peskov.

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Outra pergunta foi mencionada: "Você acha que esses esforços dos EUA estão programados para [afetar] as eleições presidenciais na Rússia?". O secretário de imprensa do Kremlin respondeu dizendo: "Estamos convencidos disso".

A Agência Reuters informou na quinta-feira que o empresariado russo estava preocupado com a ameaça de novas sanções dos EUA. A agência citou um alto oficial não nomeado de uma empresa russa que disse que "as pessoas estão no limite", em antecipação à nova lista de sanções a serem reunidas por Washington no início de 2018.

"Se você for classificado por eles como próximo de Putin, apenas tente provar que não é o caso. As táticas dos americanos são claras: elas precisam causar dor de todas as formas possíveis para aqueles que apoiam Putin", disse a fonte.

No entanto, Peskov disse que o Kremlin não estava "consciente" de nenhum membro de elite de negócios da Rússia que estava bravo com as autoridades do país em razão das sanções dos EUA e culpou Putin pela situação.

Comentando a afirmação da agência de que alguns empresários russos alegadamente queixam-se de que o Kremlin estava ignorando os interesses dos negócios do país, enquanto desenvolvia suas relações com o Ocidente, Peskov esclareceu.

"Não temos conhecimento de tais opiniões e pontos de vista. Se eles forem expressos, estamos sempre prontos para discussões com os representantes dos círculos empresariais domésticos", acrescentou.

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"Se alguns meios de comunicação estão conscientes de que alguns representantes dos negócios das elites estão fazendo tais declarações, agradeceríamos se eles nos dissessem quem são eles", afirmou Peskov, rindo e, posteriormente, especificando que ele estava brincando.

As eleições presidenciais estão programadas para acontecer na Rússia em 18 de março de 2018. Vladimir Putin é elegível para se candidatar ao cargo por segundo mandato consecutivo, o que também se tornaria seu quarto mandato no total. O presidente ainda não confirmou sua intenção de buscar reeleição.

Os EUA introduziram sanções contra Moscou em 2014, quando o país se uniu novamente com a Crimeia e o conflito na Ucrânia começou. Desde então, as restrições foram expandidas, para incluir indivíduos, empresas e ramos inteiros da economia russa.

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